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terça-feira, 29 de junho de 2010

Euclidentrevista:Ceap
Euclidentrevista é uma série de entrevistas que faremos com pessoas que entendem de meio-ambiente e estão por dentro da situação ambiental de nosso município e do mundo.Serão artigos de interesse somente daqueles que gostam da natureza.Se você não gosta,não leia.A euclidentrevista desta semana é com “Filho” Manfredini,que trabalha no Ceap.Ele foi um dos que nos acompanhou na nossa aula de campo em Carajás.É alguém que se preocupa em preservar e também em ensinar os outros a fazê-lo.

EUCLIDAO206:Primeiramente explique aos nossos leitores o que é o Ceap.
FILHO MANFREDINI:O Ceap é o Centro de Educação Ambiental de Parauapebas.Ele surgiu no ano de 2005,no 2° semestre,numa parceria com a UFPa,através do campus de Marabá,e pelo núcleo  de conservação ambiental  daquela universidade, e numa parceria com o então IBAMA.
E.206:Qual o papel que o Ceap tem na conservação ambiental?
FILHO:O Ceap,desde 2005 vem fazendo um trabalho de conscientização,através de programas desenvolvidos aqui em Parauapebas, que são:Projeto Escola vai à FLONACA(Floresta Nacional de Carajás);Projeto Jovem Ambientalista(P.J.A);Projeto Formação de professores;Projeto de Educação Ambiental para a 3ª Idade.Através desses programas tentamos aproximar a a população,não somente daqui de Parauapebas,mas de toda a região de Carajás,com a situação ambiental que estamos vivendo,e também tentamos desenvolver uma consciência ambiental nas pessoas.Assim elas poderão ter e desenvolver uma vontade de conservar e preservar,através das atividades e programas que relizamos,como o P.J.A .Estas são atvidades de campo:Levamos as pessoas para conhecer as áreas críticas daqui,como esgotos e o lixão.Inclusive  nosso município tem um lixão, e não um aterro sanitário.Mostramos tudo isso,na prática,e assim conseguimos formar uma consciência ambiental.
E.206:Fale um pouco sobre a FLONACA:
FILHO:A Floresta Nacional de Carajás é uma unidade de conservação ambiental que faz parte do mosaico de Carajás,onde estão localizadas as maiores jazidas de minério de ferro até hoje conhecidas.No início foi uma floresta privada,durante o regime militar,mas hoje é pública.Existe a empresa que faz os trabalhos de mineração dentro da FLONACA,e as áreas onde é realizada essa exploração são privadas,até mesmo por questão de segurança,mas no geral a floresta é pública.
E.206:Como fazer para visitar a FLONACA?
FILHO:Hoje o acesso à floresta está limitado à sociedade organizada(escolas,instituições, e também universidades)e esse acesso se dá através do Ceap.Estamos vendo a possibilidade de no próximo ano realizar atividades de lazer, como ecoturismo,acampamentos,quem sabe.Há o acesso ao núcleo e ao parque zoobotânico,que é  livre.Basta ir na portaria da FLONACA e retira a autorização individual.Para retirar essa autorização só é necessário um documento oficial com foto e um comprovante de residência.
E.206:A Vale explora minérios em nosso município,o que gera muita renda e desenvolvimento, mas traz profundos impactos ambientais.Não queremos que a exploração pare,pois isso seria desastroso,mas há algum meio menos impactante de se extrair minério?
FILHO:Eu acredito que não haja um meio menos impactante,até mesmo porque nesses trabalhos de mineração temos órgãos públicos que nos representam e fiscalizam todas essas atividades.Então,antes de se começarem as atividades de mineração é  apresentado um relatório e um projeto com os menores impactos  ambientais possíveis.Eu acredito que hoje,ainda não exista uma forma menos destrutiva de fazer a mineração.
E.206:No que diz respeito ao meio-ambiente,as pessoas de Parauapebas já tem uma certa consciência ou ainda há um atraso nesta questão?
FILHO:Eu moro em Parauapebas  há 5 anos,e trabalho no Ceap há 4,e depois que o Ceap chegou aqui eu consegui ver uma mudança.O problema é que nossa cidade é “terra de forasteiro”:para cá vem gente de todos os lugares do Brasil e do mundo,e todas as pessoas que chegam aqui teremos de começar do zero com essas pessoas,por exemplo, uma pessoa que mora aqui há dez anos,já conhece o trabalho desenvolvido tanto pelo Ceap quanto pela Secretaria de Meio-ambiente,e já tem formada uma consciência de preservação.Mas se chega alguém do Rio Grande do Sul,por exemplo,e em sua cidade não havia um trabalho de educação ambiental,e aqui há outra realidade.Teremos de partir do zero com essa pessoa.Então a grande dificuldade de se criar uma consciência ambiental é essa diversidade cultural,vem gente  de vários lugares para cá.Mas mesmo nesse pouco tempo que eu moro aqui,já é possível ver uma melhoria nessa questão.
E.206:Qual é a importância de se realizarem aulas de campo,como aquelas que o Ceap promoveu  com a turma 206 da escola Euclydes Figueiredo?
FILHO:Dar aos alunos - das escolas públicas principalmente,pois eles são o principal alvo do projeto Escola vai à FLONAC-a oportunidade de saírem da sala de aula terem,por exemplo,uma aula prática de biologia,na floresta e verem algumas relações ecológicas,ecossistemas.Além de ser mais legal é bem mais aproveitável,o aluno aprende mais do que aprenderia sentado em sua sala,e também como nós trabalhamos muito a questão da conservação,ensinamos a eles o que é que vão conservar,pois como as pessoas vão cuidar de algo que desconhecem?Então,como as pessoas estarão indo para lá e terão um contato com a natureza,será desperta nelas a vontade de  preservar.E no futuro,se alguma dessas pessoas for um empresário,por exemplo,se ela já tiver um caráter ambiental formado,fará uma grande diferença.
E.206:O que a população de Parauapebas pode fazer para que a situação ambiental em nosso município melhore?
FILHO:Eu sei que isso não acontecerá de hoje para amanhã,mas o trabalho que o Ceap vem fazendo com certeza despertará as pessoas e elas começarão a cuidar melhor do meio ambiente,e ver a necessidade que há de se fazer isso hoje em dia,pois há muitas pessoas que nem sequer sabem o que é meio-ambiente,e nem como cuidar dele.Despertar essa curiosidade de preservar e os trabalhos do Ceap com certeza nos ajudarão a chegar lá.

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